Mudanças no comportamento do consumidor durante a pandemia

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Categoria: Gestão de Negócios

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Entramos em junho com um Brasil totalmente novo. As dinâmicas de compra e venda de produtos e serviços sofreram grandes alterações desde meados de março, quando a Organização Mundial de Saúde decretou a pandemia do novo coronavírus.

Hoje, vamos descobrir quais foram os reais impactos causados pelas mudanças no comportamento do consumidor durante a pandemia, principalmente, para o setor da beleza.

Como a pandemia agiu sobre a decisão de compra

O Brasil, hoje, soma centenas de milhares de infectados e mortos pelo covid-19. Números que nos mostram a dimensão dessa doença e porque houve tantas mudanças no comportamento do consumidor durante a pandemia.

As pessoas foram motivadas a reduzir gastos devido às incertezas do momento e, principalmente, pelo medo de contrair a doença. Além de que o fechamento do comércio distanciou os clientes dos locais tradicionais de compra.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada no fim de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a taxa de desemprego no país subiu para 12,6% no último trimestre, devido a pandemia. Isso indica mais um motivo pelo qual o mercado nacional sofreu quedas de consumo e mudanças.

Novo perfil do consumidor: 100% conectado

As principais mudanças de hábitos foram na forma como as pessoas trabalham e se divertem. Com o isolamento social, muita gente deixou de frequentar escritórios e empresas e adotaram o home office. Assim como trocaram os passeios, viagens, festas e cinema por plataformas de streaming para filmes e séries em casa e chamadas de vídeo.

Com essa mudança o consumidor assumiu um perfil marcado pela presença no mundo virtual e também mudou seu comportamento de consumo e prioridades. Segundo pesquisa feita pelo Opinion Box, com dados coletados no fim de maio, as pessoas estão consumindo mais produtos de limpeza para casa e higiene pessoal. Enquanto deixaram de comprar produtos de estética, principalmente.

Entre os entrevistados, 47% das pessoas disseram que passaram a consumir mais materiais de limpeza para casa. 40% estão comprando mais produtos de higiene pessoal e 38% aumentaram as compras de frutas, verduras e legumes.

Já a maior queda foi nas compras de cosméticos. Apenas 10% dos consumidores aumentaram as despesas com esse tipo de produto, enquanto 33% deixaram de consumi-los.

Como podemos perceber, as pessoas não necessariamente diminuíram as despesas, mas partiram para outras demandas. Como forma de prevenção, o consumidor se voltou para o e-commerce para realizar suas compras.

De acordo com o Compre&Confie, movimento de promoção da rede de confiança no mercado online, o e-commerce brasileiro faturou 9,4 bilhões em abril. Isso significa um aumento de 81% comparado ao mesmo período de 2019.

A pesquisa feita pelo movimento em maio mostra que, ao todo, foram 24,5 milhões de compras online, aumento de 98% em relação a abril de 2019.

O que podemos concluir com esses dados é que o consumidor não parou de consumir de fato, mas teve uma realocação das suas despesas para compras de necessidades básicas e higiene. Além de mudar totalmente seu hábito de consumo para as compras virtuais, devido a pandemia. Quem não tinha o hábito do uso esse tipo de plataforma, foi obrigado a se adaptar.

A retomada das atividades dos profissionais da beleza

No levantamento feito pelo Opinion Box, podemos ver um panorama sobre os profissionais da beleza e como eles foram atingidos pelas mudanças no comportamento do consumidor durante a pandemia.

Observa-se que 26% dos cabeleireiros e barbeiros continuaram com seus serviços normalmente. 44% suspenderam os atendimentos e ainda continuam assim. 13% suspenderam as atividades, mas já voltaram a ativa. E 17% dos profissionais desse ramo cancelaram definitivamente seus serviços.

Entre manicures e pedicures, 18% continuaram com seus serviços normalmente. 15% suspenderam os atendimentos, mas já voltaram a trabalhar. 50% ainda estão suspensos e 17% cancelaram definitivamente os atendimentos.

Retomada da economia para o setor da beleza

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está fazendo levantamentos frequentes sobre as mudanças no comportamento do consumidor durante a pandemia.

No último Boletim de impactos e tendências da covid-19 nos pequenos negócios, lançado no fim de maio, podemos observar que já se fala em leve melhora do setor de beleza.

Segundo a pesquisa realizada pelo Sebrae, em março houve queda de 69% no faturamento de pequenos negócios no ramo da beleza. É o caso de barbearias, salões de beleza, clínicas de estética, entre outros.

O número caiu ainda mais em abril, chegando a menos 76% de queda de faturamento em comparação ao período pré-crise. No entanto, em maio o cenário começou a melhorar, subindo para 59%. E a tendência é uma leve retomada gradual dos serviços de forma adaptada.

Tendências para o “novo normal”

A retomada de atividades de estabelecimentos não essenciais no estado de São Paulo começou nesta segunda-feira. Assim como em outras regiões do país, onde está havendo reabertura gradual dos serviços não essenciais.

Em Pernambuco, o governo não renovou a quarentena no Grande Recife. Na Bahia, várias prefeituras optaram por reabrir os comércios nesta semana. No Rio Grande do Norte, Espírito Santo e no Ceará, também está ocorrendo a retomada.

Já no Sul e Sudeste do Brasil, está havendo a flexibilização da quarentena no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais.

Em alguns dos municípios houve reabertura de estabelecimentos comerciais e de serviços. Além de escritórios, atividades imobiliárias, concessionárias e shopping centers.

Essa retomada gradual tem como objetivo ajudar a economia brasileira, mesmo que de maneira adaptada, pois sabemos que agora o comportamento do consumidor mudou, a forma de trabalhar e atender aos clientes também deve mudar. O que se espera é um cenário chamado de “Novo normal”, onde as pessoas vão continuar se protegendo e cuidando da saúde em primeiro lugar.

Como o seu negócio pode se adaptar ao “novo normal”

A principal tendência deixada pelas mudanças no comportamento do consumidor durante a pandemia é a preocupação com o bem-estar e a migração para compras e vendas online.

Para as empresas, também é tempo de mudanças. Para atender esse cliente com novos hábitos de consumo é preciso estar preparado para atender seguindo novas regras de segurança e higiene, além da grande lição que fica: a importância de uma boa gestão. Os estabelecimentos que tinham mais estabilidade financeira estão conseguindo se manter. No entanto, aqueles em que a administração era falha sofreram mais.

A digitalização dos serviços teve grande influência para manter os negócios durante a pandemia. Automações e o uso da tecnologia são de grande ajuda para reduzir custos e deixar empresas à frente da concorrência quando imprevistos acontecem.

Estabelecimentos que não possuíam atendimento virtual, chats, WhatsApp, aplicativos mobile, entre outras funcionalidades virtuais, estão demorando mais para se adaptar. Essa mudança da consolidação do mundo online e digital com tecnologia é o que difere os negócios que estão superando esse momento delicado, daqueles que não aguentaram a crise.

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